terça-feira, 4 de janeiro de 2011

4 de Janeiro

1809: Nascimento de Louis Braille, inventor do método braile, em França
© AP.
Quando tinha 4 anos, Louis Braille ficou cego devido a um ferimento nos olhos.
Com 11 anos, no Instituto dos Cegos, em Paris, conheceu um método de ler no escuro, através do contacto dos dedos, com uma escrita feita de pontos em revelo. Foi denominada “escrita de noite”, tendo sido desenvolvida para o exército.
Contudo, este método baseava-se num sistema de doze pontos para cada som e era muito difícil de ler. Braille simplificou-o e criou o seu próprio alfabeto, a partir de apenas seis pontos. Isto apenas aos 16 anos.
Com o mesmo sistema, três anos depois, criou uma notação para cegos, que, até hoje, é o único método utilizável e aperfeiçoado para cegos para ler e escrever notas musicais.
Louis Braille teve de esperar muito tempo por um reconhecimento dos seus méritos. No início, ninguém acreditou no funcionamento do sistema. Só em 1850, o método foi introduzido no Instituto dos Cegos como língua oficial. Braille já não assistiu ao sucesso internacional da sua invenção, tendo morrido de tuberculose em 1852.
1960: Morte do escritor francês Albert Camus
Albert Camus foi um escritor e filósofo e, hoje em dia, é um dos autores franceses mais conhecidos do século IX. Filho de imigrantes franceses, cresceu em Argélia e estudou a filosofia. Entre outros, trabalhou como jornalista, leitor e professor.
Com 46 ano, no dia 4 de Janeiro de 1960, Albert Camus morreu num acidente de carro, viajando a Paris.
As ideias filosóficas de Camus estão perto ao existencialismo. Viu a existência humana como fundamentalmente absurdo. Nessa condição, o compito do ser humano é uma revolta permanente contra este absurdo e uma aspiração à frente, porque, contudo, a vida vale de ser aceita e vivida. As suas ideias filosóficas de base encontram-se no ensaio “O mito de Sísifo”.
A sua obra literária era influenciada de muitas desencantos e reveses na vida, mas também de momentos positivos. Entre os seus livros mais famosos estão “O Estrangeiro”, “A peste” e “A queda”.
Como o grande filósofo Jean Paul Sartre, de cujo Camus era amigo, ele viu o seu compito de escritor e filósofo também no empenhamento político. Acusou os meios da política francesa colonial e defendeu a igualdade social dos africanos na França.
Em 1957, Albert Camus recebeu o Prémio Nobel da Literatura para a sua obra literária, dramatúrgica e filosófica.
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Este artigo foi produzido por: Corinna Domnick

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